Há dor e alegria dentro do amor. Ele nasce e morre dentro dele mesmo. E essa não compreensão gera uma dor tremenda.
É difícil sair de dentro do olho do furacão e enxergar de forma tranqüila toda a sua forma. Primeiro porque ela é muito abrangente e cada caso é um caso; segundo porque a pedra no nosso sapato é o que dói.
Ainda assim tentem perceber que tudo na vida é passageiro e o que gera o sofrimento é sempre o apego, de A a Z, não importando o seu caso. Se você procura abrir sua mente para outras possibilidades e compreensões, se você se posiciona de forma diferente e se conseguir olhar a situação por outro ângulo, verá que tudo passa: o doce e o amargo do amor.
Por isso não deposite toda a sua vida em algo que será transitório. Ao invés de contribuir para o seu próprio sofrimento agindo assim, viva o amor sabendo que ele terá um tempo de vida dentro de sua existência. Nada é eterno.
"Que não seja imortal, posto que é chama, Mas que seja infinito enquanto dure”.
Ame, respeite, cuide e se permita amar, mas entenda a propriedade efêmera desse sentimento.
O único amor duradouro e honesto é o amor compassivo. Aquele que você dá realmente sem pensar em receber, até a quem não se conhece. É o amor compassivo e da bondade amorosa que alimenta o espírito em sua essência. O amor apaixonado entre duas pessoas é como o mar em calmaria ou tempestade: instável e impermanente. Sem aviso prévio de quando vai acontecer ou ir embora. E quanto mais alto e rápido sobe, mais rápido e violentamente desce. E dói.
Pare e pense: Qual é o referencial natural e comum a todos os seres humanos?
É justamente o amor! Todos nós queremos e buscamos a felicidade e a paz contidas no amor. E por este motivo é bom lembrar que a vida isolada não tem sentido.
A existência só existe por conta dos processos de relação onde todos os seres estão interdependentes e inter-relacionados. Uns dependem dos outros. Portanto, é fundamental, em qualquer que seja a relação apaixonada, estabelecer relações positivas com o outro e com nós mesmos. Sempre respeitando, sendo livre, permitindo também a liberdade do outro e procurando exercitar a mente sobre a transitoriedade do amor apaixonado.
Assim amaremos em paz, evoluiremos e construiremos um mundo melhor desde as mais íntimas relações.
Por Anitta Schver
Obs* Anitta Schver é budista e acredita no amor livre e compassivo.
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