sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Eu abandonaria tudo por você!

Seria como jogar as cartas na mesa, sem medo do resultado!
Abandonaria sem ao menos olhar para trás, nem ao mesmo daria alguma satisfação...
Mas tudo seria por você, somente por você e por mais ninguém.
E se algo acontecesse, já não mais importava, 
pois o mais importante era estar com você.



domingo, 31 de julho de 2011

O direito de discordar


A revista “Estrela do Mar” – das Congregações Marianas do Brasil – em sua edição bimestral maio/junho de 2011, trouxe um interessante, verdadeiro e oportuno artigo do Pe. Zezinho, intitulado: “Preconceito e conceito”. O texto nos remete à atual conjuntura, em que nos falta tempo para elaborar conceitos; e assim, optamos por abdicar de pensar. Muitas pessoas aceitam determinadas situações ou opinam sem pensar, sem refletir sobre a questão. Posturas que, por vezes, são nomeadas e tidas como “politicamente corretas”, na verdade, revelam puro receio de expressão; medo da censura ou da discriminação. Pe. Zezinho aponta que, hoje em dia, “a proposta é discordar apenas do que é permitido” e, se o assunto for polêmico, “dizer que não tem nada contra, ainda que tenha”, pois é necessário concordar com tudo o que os donos da situação defendem se quer sobreviver.

Senti isso na pele há algumas semanas. Tudo porque ousei discordar do “kit gay” e da argumentação do Frei Betto em seu artigo: “Os gays e a Bíblia”. Como disse Pe. Zezinho, talvez eu devesse ter feito como a maioria e, em se tratando desse assunto polêmico, dizer simplesmente que não tinha nada contra (mesmo que tivesse). Isso teria me poupado da incompreensão de alguns e de emails ofensivos. Pe. Zezinho já havia orientado: “Saia-se bem discordando de tudo o que os donos da situação discordam e concordando com tudo o que defendem.” Para sobreviver parece ser necessário realmente abdicar de pensar e opinar. Estamos perdendo o direito de discordar do que consideramos inadequado.

Pe. Zezinho continua; diz que comunicar deveria ser outra coisa. Deu o exemplo de Jesus, que morreu por discordar dos donos da situação; e acrescentou que: “Hoje, na mídia e nos governos, quem elogia e concorda tem espaço. Quem discorda é afastado ou excluído. Mas, foi Jesus quem disse que a verdade nos libertaria.” Assim, penso que temos o direito de discordar, ainda que esse direito esteja sendo paulatinamente subtraído de nós.

Lamento ter sido incômoda e indigesta ao considerar a idade de seis a oito anos inadequada para uma cartilha de combate a homofobia. Lamento muito ter chocado ao apontar que vários casos de homossexualismo são decorrentes de abusos sexuais sofridos, e da forma como certas crianças são criadas por seus pais que, por vezes, não aceitam o menino ou a menina que tiveram. Lamento ter indignado alguns por não concordar com o artigo de Frei Betto, considerando que ele extrapolou ao escrever que na Bíblia há trechos em que se subentendem relacionamentos homossexuais.

Será que tenho o direito de expressar a minha opinião? Posso discordar do que ora se apresenta como “politicamente correto”? Arremato este texto com mais um trecho do brilhante artigo do Pe. Zezinho: “Concordar sempre e em tudo é submissão e subserviência. Discordar sempre e em tudo é insolência. Concordar e discordar com critério é sinal de maturidade. Quantos conseguem esta franqueza?”

Por Maria Regina Canhos Vicentin (Escritora)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Todas as formas do amor Part.2


Há dor e alegria dentro do amor. Ele nasce e morre dentro dele mesmo. E essa não compreensão gera uma dor tremenda.

É difícil sair de dentro do olho do furacão e enxergar de forma tranqüila toda a sua forma. Primeiro porque ela é muito abrangente e cada caso é um caso; segundo porque a pedra no nosso sapato é o que dói.

Ainda assim tentem perceber que tudo na vida é passageiro e o que gera o sofrimento é sempre o apego, de A a Z, não importando o seu caso. Se você procura abrir sua mente para outras possibilidades e compreensões, se você se posiciona de forma diferente e se conseguir olhar a situação por outro ângulo, verá que tudo passa: o doce e o amargo do amor.

Por isso não deposite toda a sua vida em algo que será transitório. Ao invés de contribuir para o seu próprio sofrimento agindo assim, viva o amor sabendo que ele terá um tempo de vida dentro de sua existência. Nada é eterno.

"Que não seja imortal, posto que é chama, Mas que seja infinito enquanto dure”.

Ame, respeite, cuide e se permita amar, mas entenda a propriedade efêmera desse sentimento.

O único amor duradouro e honesto é o amor compassivo. Aquele que você dá realmente sem pensar em receber, até a quem não se conhece. É o amor compassivo e da bondade amorosa que alimenta o espírito em sua essência. O amor apaixonado entre duas pessoas é como o mar em calmaria ou tempestade: instável e impermanente. Sem aviso prévio de quando vai acontecer ou ir embora. E quanto mais alto e rápido sobe, mais rápido e violentamente desce. E dói.

Pare e pense: Qual é o referencial natural e comum a todos os seres humanos?

É justamente o amor! Todos nós queremos e buscamos a felicidade e a paz contidas no amor. E por este motivo é bom lembrar que a vida isolada não tem sentido.

A existência só existe por conta dos processos de relação onde todos os seres estão interdependentes e inter-relacionados. Uns dependem dos outros. Portanto, é fundamental, em qualquer que seja a relação apaixonada, estabelecer relações positivas com o outro e com nós mesmos. Sempre respeitando, sendo livre, permitindo também a liberdade do outro e procurando exercitar a mente sobre a transitoriedade do amor apaixonado.

Assim amaremos em paz, evoluiremos e construiremos um mundo melhor desde as mais íntimas relações.

Amemos!

Por Anitta Schver

Obs* Anitta Schver é budista e acredita no amor livre e compassivo.