sábado, 20 de outubro de 2012
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
domingo, 31 de julho de 2011
O direito de discordar
A revista “Estrela do Mar” – das Congregações Marianas do Brasil – em sua edição bimestral maio/junho de 2011, trouxe um interessante, verdadeiro e oportuno artigo do Pe. Zezinho, intitulado: “Preconceito e conceito”. O texto nos remete à atual conjuntura, em que nos falta tempo para elaborar conceitos; e assim, optamos por abdicar de pensar. Muitas pessoas aceitam determinadas situações ou opinam sem pensar, sem refletir sobre a questão. Posturas que, por vezes, são nomeadas e tidas como “politicamente corretas”, na verdade, revelam puro receio de expressão; medo da censura ou da discriminação. Pe. Zezinho aponta que, hoje em dia, “a proposta é discordar apenas do que é permitido” e, se o assunto for polêmico, “dizer que não tem nada contra, ainda que tenha”, pois é necessário concordar com tudo o que os donos da situação defendem se quer sobreviver.
Senti isso na pele há algumas semanas. Tudo porque ousei discordar do “kit gay” e da argumentação do Frei Betto em seu artigo: “Os gays e a Bíblia”. Como disse Pe. Zezinho, talvez eu devesse ter feito como a maioria e, em se tratando desse assunto polêmico, dizer simplesmente que não tinha nada contra (mesmo que tivesse). Isso teria me poupado da incompreensão de alguns e de emails ofensivos. Pe. Zezinho já havia orientado: “Saia-se bem discordando de tudo o que os donos da situação discordam e concordando com tudo o que defendem.” Para sobreviver parece ser necessário realmente abdicar de pensar e opinar. Estamos perdendo o direito de discordar do que consideramos inadequado.
Pe. Zezinho continua; diz que comunicar deveria ser outra coisa. Deu o exemplo de Jesus, que morreu por discordar dos donos da situação; e acrescentou que: “Hoje, na mídia e nos governos, quem elogia e concorda tem espaço. Quem discorda é afastado ou excluído. Mas, foi Jesus quem disse que a verdade nos libertaria.” Assim, penso que temos o direito de discordar, ainda que esse direito esteja sendo paulatinamente subtraído de nós.
Lamento ter sido incômoda e indigesta ao considerar a idade de seis a oito anos inadequada para uma cartilha de combate a homofobia. Lamento muito ter chocado ao apontar que vários casos de homossexualismo são decorrentes de abusos sexuais sofridos, e da forma como certas crianças são criadas por seus pais que, por vezes, não aceitam o menino ou a menina que tiveram. Lamento ter indignado alguns por não concordar com o artigo de Frei Betto, considerando que ele extrapolou ao escrever que na Bíblia há trechos em que se subentendem relacionamentos homossexuais.
Será que tenho o direito de expressar a minha opinião? Posso discordar do que ora se apresenta como “politicamente correto”? Arremato este texto com mais um trecho do brilhante artigo do Pe. Zezinho: “Concordar sempre e em tudo é submissão e subserviência. Discordar sempre e em tudo é insolência. Concordar e discordar com critério é sinal de maturidade. Quantos conseguem esta franqueza?”
Por Maria Regina Canhos Vicentin (Escritora)
sábado, 30 de julho de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Todas as formas do amor Part.2
Há dor e alegria dentro do amor. Ele nasce e morre dentro dele mesmo. E essa não compreensão gera uma dor tremenda.
É difícil sair de dentro do olho do furacão e enxergar de forma tranqüila toda a sua forma. Primeiro porque ela é muito abrangente e cada caso é um caso; segundo porque a pedra no nosso sapato é o que dói.
Ainda assim tentem perceber que tudo na vida é passageiro e o que gera o sofrimento é sempre o apego, de A a Z, não importando o seu caso. Se você procura abrir sua mente para outras possibilidades e compreensões, se você se posiciona de forma diferente e se conseguir olhar a situação por outro ângulo, verá que tudo passa: o doce e o amargo do amor.
Por isso não deposite toda a sua vida em algo que será transitório. Ao invés de contribuir para o seu próprio sofrimento agindo assim, viva o amor sabendo que ele terá um tempo de vida dentro de sua existência. Nada é eterno.
"Que não seja imortal, posto que é chama, Mas que seja infinito enquanto dure”.
Ame, respeite, cuide e se permita amar, mas entenda a propriedade efêmera desse sentimento.
O único amor duradouro e honesto é o amor compassivo. Aquele que você dá realmente sem pensar em receber, até a quem não se conhece. É o amor compassivo e da bondade amorosa que alimenta o espírito em sua essência. O amor apaixonado entre duas pessoas é como o mar em calmaria ou tempestade: instável e impermanente. Sem aviso prévio de quando vai acontecer ou ir embora. E quanto mais alto e rápido sobe, mais rápido e violentamente desce. E dói.
Pare e pense: Qual é o referencial natural e comum a todos os seres humanos?
É justamente o amor! Todos nós queremos e buscamos a felicidade e a paz contidas no amor. E por este motivo é bom lembrar que a vida isolada não tem sentido.
A existência só existe por conta dos processos de relação onde todos os seres estão interdependentes e inter-relacionados. Uns dependem dos outros. Portanto, é fundamental, em qualquer que seja a relação apaixonada, estabelecer relações positivas com o outro e com nós mesmos. Sempre respeitando, sendo livre, permitindo também a liberdade do outro e procurando exercitar a mente sobre a transitoriedade do amor apaixonado.
Assim amaremos em paz, evoluiremos e construiremos um mundo melhor desde as mais íntimas relações.
Por Anitta Schver
Obs* Anitta Schver é budista e acredita no amor livre e compassivo.
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